“Burnout”: infelizmente já é para todos, ou quase todos.
O panorama nacional nas empresas, à semelhança do que acontece em quase todo o mundo é de grande competitividade, desafios constantes, insegurança ao mesmo nível e falta de ânimo e fé na mudança, pelo menos para melhor. Um estudo feito pela Associação Portuguesa de Psicologia da Saúde Ocupacional (APPSO) referida no semanário Expresso revela que num universo de cerca de 38 000 inquiridos, quase 15 % se encontravam em situação de “burnout” ou esgotamento.
Estas situações que apareciam ocasionalmente em gerações anteriores são agora gritantes e sinto que estamos a chegar a uma situação de epidemia empresarial no que diz respeito ao bem-estar e à felicidade.
Hoje não vou sequer alongar-me sobre as repercussões em termos de motivação, engagment, custos etc a que isto leva, ficará para uma próxima reflexão.
Nos Programas que desenvolvo nas empresas os desabafos começam a ser pouco criativos e variam entre “ quero-me ir embora”, “ não aguento mais”, “vou emigrar”.
Há uns anos as pessoas falavam-me em: “ podíamos fazer isto, ou aquilo”; “ e se propuséssemos fazer diferente …”. Infelizmente já não acontece.
O que acontece é um mau estar geral que inflama e adoece o tecido empresarial e a solução não é mudar para outra empresa, não é fugir nem desesperar. A solução é investir, em insistir em tornar os colaboradores em pessoas mais felizes.
Temos de retomar a relação afetivo-emocional das pessoas com as empresas!
É que se acreditamos que motivar traz muito custos para a empresa, então imaginem o custo do alheamento e da desistência.
O sentimento de não reconhecimento entre os colaboradores
sobe de 73% em 2013 para 87,41%
Situações de stress em 2013 era de 62% e agora de 86,1%
( in semanário Expresso: João Paulo Pereira, Presidente da APPSO)
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